segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Cotas Raciais

 Ser a favor ou contra? Eis a questão.

 Esse sistema, que visa dar uma ajuda para o ingresso de negros, pardos e índios - seja em universidades ou concursos públicos - foi implantada no Brasil em 2000. Desde então, houve o aumento de tais (no caso, em instituições de ensino superior), que de 2001, com apenas 10,2%, em 2011, passou para 35,5%.
 Lendo um artigo da Carta Capital, me deparei com a seguinte frase "ser contra cotas raciais é concordar com a perpetuação do racismo". O argumento que usaram para reforçar isso, foi de que, na pós-abolição da escravatura, durante o processo de industrialização do Brasil, houve o incentivo da vinda de europeus pra cá e foram beneficiados por virem, enquanto os que já estavam aqui (negros), não obtiveram os mesmo privilégios, e que a criação das cotas foi um meio de "pagamento de dívida" que o país tinha com os negros.
 Então no caso, eu sendo negra, sou racista com minha própria raça?
 Sou contra as cotas porque não é de hoje que os negros vêm lutando para serem vistos como pessoas normais, sem distinção e preconceito. Se queremos ser vistos assim, porque temos que ser tratados como especiais? E uma coisa que todos maquiam, é o fato de que as cotas podem até ajudar, mas certamente o preconceito aumenta. Há vários casos de estudantes cotistas relatando que já ouviram a frase "você só está aqui por causa das cotas", ou seja, diminuindo a sabedoria do indivíduo pelo privilégio recebido.
 Não acho que deva haver distinção porque você é negro, pardo ou índio. Se quer algo, tem que merecer por mérito, e não ligar você aos seus antepassados. A época de servidão e escravidão passou. É fato que o preconceito no Brasil ainda seja evidente e que a maioria dos negros habitam favelas e que tenham menor escolaridade que os brancos, mas que tal revertermos esse quadro e mostrarmos que somos capazes de fazer as mesmas coisas que todos, e que a diferença de raça não interfere em nada? Esforço e dedicação seriam palavras-chave para desatarmos esse nó na sociedade chamado preconceito.
 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Conceito de família no século XXI

 De uns tempos pra cá, o conceito de família vem mudando, deixando de ser apenas aquele famoso arroz e feijão.
 A inserção dos homossexuais na sociedade incomoda algumas pessoas que apenas aceitam o tradicional homem e mulher. Alguns dizem que a religião que segue não permite, ou isso, ou aquilo. Mas fato é que, apesar de não aceitarem, muitos jogam suas ofensas nas redes sociais ou através da violência, tanto verbal quanto física.
 Algo que está incomodando essas pessoas também são as propagandas e programas televisivos que estão adotando medidas para encaixar os homossexuais naquele meio também, para que se sintam mais confortáveis e incluídos.

 Algumas famílias, por medo de que seus filhos sejam a favor do homossexualismo, ou até mesmo se torne um, educam a crianças com apenas uma visão de mundo: união existe só entre homem e mulher, e a própria Comissão resolveu reforçar isso no último dia 24, aprovando a lei 6583/13, do deputado Diego Garcia, de que o conceito de família se resume a XX e XY.
 Não é bem assim que as coisas deveriam ser. Uma criança com uma visão mais ampla de mundo, no futuro será uma boa pessoa, e não uma ignorante que simplesmente não aceita o diferente.
 E sobre o caso de casais homossexuais adotarem uma criança e ela vir a se tornar uma também?
 Isso vai da vontade da pessoa, vivemos num país onde os direitos de todos devem ser respeitados. E veja bem, você prefere uma criança em um orfanato, ou em um lar, dependendo de quem a adote, lhe dando amor, carinho e educação?

 O amor é o que quebra qualquer preconceito, seja contra negro, índio ou homossexual! Havendo este, o resto é apenas questão de tempo.