No começo do ano, em instituições universitárias é tradicional o famoso "trote", que consta nos veteranos fazerem brincadeiras com os calouros, o que promove a interação de ambos. Mas fato é que não é bem assim que as coisas acontecem.
Em algumas universidades, essas brincadeiras chegam a ser extremas, levando a morte de alunos, como no caso do estudante que passou em medicina na USP, mas morreu afogado em uma piscina, em 1999. Isso é decorrente do poder que os veteranos sentem sobre os calouros. "Estou aqui a mais tempo, por isso você tem que fazer o que eu falo", é algo que se passa na cabeça desses jovens.
Algumas universidades já se puseram frente a esse assunto, deixando de lado o trote tradicional e fazendo o uso do trote solidário, o que ajuda a evitar casos de humilhação por parte dos calouros. Vários deles, quando se veem em uma situações totalmente desconfortáveis, vão reclamar com as autoridades de tais instituições, o que na maioria das vezes não resolve nada.
Vários alunos, quando não querem ser o "x9" da turma, dizem que participaram da brincadeira voluntariamente, para não ser alvo de piadas e brincadeirinhas durante sua estadia na universidade, ou até mesmo coisas piores.
Algo que poderia ser feito a esses que abusam na hora da brincadeira, é a expulsão, pois dependendo do caso, fere os direitos humanos do aluno calouro.
Brincadeira tem limite, e para se relacionar com os demais, você não precisa se submeter a coisas que não quer fazer. Afinal, antes de conhecer alguma pessoa, você faz com que ela se submeta a certas "tarefas" para depois vocês virem a se relacionar?